Com a chegada da temporada de repasses do Imposto de Renda, muitas pessoas começam a se preocupar com a declaração e a expectativa pela restituição.
Para alguns, a restituição pode ser uma oportunidade de quitar dívidas ou fazer investimentos, mas a espera pode ser longa e a ansiedade pode ser grande.
Para resolver esse problema, alguns bancos oferecem o adiantamento da restituição, ou seja, o cliente pode receber o dinheiro antes mesmo de o governo fazer o depósito.
Como uma oportunidade de negócios, os principais bancos brasileiros estão oferecendo linhas de crédito para seus clientes. Ou seja, o cliente recebe o valor da restituição por meio do seu banco como uma espécie de empréstimo.
O serviço é disponibilizado para clientes correntistas que, caso contratem, recebem o valor em parcela única e antecipada. O empréstimo é quitado de forma automática quando o valor da restituição for repassado pela Receita Federal.
Para isso, o banco deve ser indicado pelo declarante como recebedor da restituição. Caso caia na malha fina, o correntista deve quitar o empréstimo, mesmo que ainda não tenha recebido o valor da restituição.
De acordo com Reinaldo Domingos, da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), essa antecipação por meio de empréstimo é uma opção para quem deseja acelerar o recebimento da restituição.
No entanto, o pagamento da dívida deve ser feito uma única vez com o valor acrescido de impostos como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Os juros entre os bancos podem variar entre 1,78% e 2,8% ao mês, portanto, é preciso analisar bem a necessidade de solicitar o crédito. A educadora financeira Cíntia Senna, da Dsop, aconselha que o empréstimo deve ser solicitado apenas em uma situação emergencial.
“Só vale quando a pessoa está com uma situação grave. Quando não tem limite do cartão, quando está realmente sem saída e este valor vai resolver a situação que está passando. Não deve ser solicitado se for uma solução parcial. Ele [o contribuinte] precisa resolver o problema de forma definitiva” afirma a educadora.
Cíntia também explica que, caso o dinheiro seja usado para situações que podem esperar, o cliente deve analisar ainda mais se o empréstimo para obter a restituição antecipadamente é realmente necessário.