DUPLICAÇÃO NA 381, ENTRE CAETÉ E RAVENA, ESTÁ PREVISTA PARA 2026

DUPLICAÇÃO NA 381, ENTRE CAETÉ E RAVENA, ESTÁ PREVISTA PARA 2026

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Intervenção deve durar três anos; obras na primeira parte da BR, de BH ao distrito de Sabará, ainda não têm data para serem iniciadas.

Caeté – O governo federal anunciou para 2026 o início da duplicação e readequação do principal nó rodoviário da região metropolitana de Belo Horizonte: o trecho da BR-381, a chamada “Rodovia da Morte”, entre a capital mineira e o trevo de Caeté. Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), as obras para melhoria do percurso de 43 km começam no início do ano que vem.

O projeto foi dividido em duas partes: uma entre o Anel Rodoviário de Belo Horizonte e o distrito de Ravena, em Sabará, e outra partindo deste ponto até o trevo de Caeté. As obras previstas para o início de 2026 se referem a este segundo trecho, onde são comuns acidentes graves, sobretudo no município de Sabará, que concentra um grande número de curvas na estrada.

A previsão de duração dos trabalhos, segundo o órgão federal, é de três anos. Já as obras na BR-381 entre o Anel Rodoviário e o distrito de Sabará não têm data para começar, conforme admite o Dnit. Foi feita licitação para o trecho, mas o contrato com a empreiteira ainda não foi assinado. Somente após essa etapa do processo é que a duplicação e readequação no percurso poderão ser iniciadas.

Entrave

O principal problema neste trecho são as desapropriações de residências que ficam às margens da estrada. No encontro entre o Anel Rodoviário e a BR-381 fica a vila da Luz, onde vive a maior parte das 1.750 pessoas que passarão por processo de desapropriação para a realização das obras no percurso entre Belo Horizonte e o trevo de Caeté. A previsão de gastos para as obras e desapropriações nesta porção da rodovia federal é de R$ 1,3 bilhão.

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a concessão da BR-381 já tratava das desapropriações. “Os principais desafios são o gerenciamento dos riscos geológicos, realizar a desocupação e a realocação de pessoas da faixa de domínio da região metropolitana de Belo Horizonte e a execução das obras de capacidade e melhorias em relevo montanhoso”, apontava o documento.

Leilões

Por causa das desapropriações, três leilões para concessão da BR-381 entre a capital e Governador Valadares – realizados em 2021, 2022 e 2023 – não tiveram interessados. O diagnóstico de que as desapropriações afastavam os investidores foi feito pelo próprio governo federal que, em março do ano passado, anunciou a adoção de um novo formato para o leilão, desta vez sem a inclusão do trecho entre a capital e o distrito de Sabará. Com o novo modelo de concessão, outro leilão foi realizado em agosto de 2024, tendo como vencedora a empresa Nova 381, que se tornou a responsável pela administração do trecho entre o trevo de Caeté e o município de Governador Valadares.

Porém, um acordo feito entre a concessionária e o governo federal estabelece que, concluídas as obras entre o Anel Rodoviário e o trevo de Caeté, o percurso será entregue para gestão da concessionária. O grupo responsável pelas obras no trecho entre Ravena e o trevo de Caeté é formado pelas empresas CLC e Conserva. Já o vencedor da licitação para a parte da estrada entre Belo Horizonte e o distrito de Sabará é constituído entre as duas empresas juntamente com outra empreiteira, a Tecnogeo.

Até Valadares, serão 5 praças de pedágio

Em fevereiro de 2024, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Belo Horizonte, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou que, caso o novo leilão da BR-381 não desse certo, com a retirada do trecho entre a capital e o trevo de Caeté, o governo federal poderia usar o Exército para fazer as obras na estrada entre Belo Horizonte e Governador Valadares.

O leilão, no entanto, teve a Nova 381 como vencedora, que realizará investimentos de R$ 9,3 bilhões ao longo de 30 anos de concessão da rodovia. O percurso entre o trevo de Caeté e Governador Valadares terá cinco praças de pedágio com valores entre R$ 10,75 e R$ 13,75. Não haverá cobrança de valores no trecho entre a capital e o trevo de Caeté.

A assinatura da concessão da BR-381 ocorreu em Brasília em 22 de janeiro de 2025 com a participação do presidente Lula. O trecho abrange 13 cidades às margens da estrada e tem tráfego médio de 24,7 mil veículos por dia, segundo informações do governo federal. A expectativa é de que a concessão beneficie 4 milhões de pessoas que vivem na região.

Com a concessão, serão realizadas 51 mudanças no traçado da BR-381, com a duplicação de 106 quilômetros da rodovia. O projeto prevê ainda 83 quilômetros de faixas adicionais, 51 correções de traçado, áreas de escape, pontos de parada para caminhoneiros e 23 passarelas para a travessia de pedestres.

 

FONTE: O TEMPO

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