GUERRA FRIA – EM TEMPOS ATUAIS, MESMOS ATORES – UNIÃO SOVIÉTICA/RUSSIA X EUA!

GUERRA FRIA – EM TEMPOS ATUAIS, MESMOS ATORES – UNIÃO SOVIÉTICA/RUSSIA X EUA!

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(!) Por TJGuimarães

 

 Uma guerra fria que se tornou quente! Muito quente!

Em tempos de tensões atuais entre Rússia, Ucrânia, União Europeia, OTAN e EUA, é bom revisitar um momento geopolítico que marcou a humanidade logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. O cenário é outro, mas a ambição, a lembrança e a saudade do Império Soviético fizeram com que essa Guerra Fria se tornasse um fogaréu, destruindo nações, famílias e matando milhares de pessoas. Tudo isso graças à megalomania e insanidade de uma única pessoa / político: Vladimir Putin. Será que o espírito de Josef Stalin se incorporou a ele?

A Guerra Fria foi uma luta ideológica entre o comunismo versus capitalismo a fim de disputar a liderança mundial. Ela foi representada pela URSS e os Estados Unidos. Esta conflagração teve início após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e ficou assim conhecida porque ambos os países nunca se enfrentaram diretamente num conflito em seus territórios. Essa Guerra Fria opõem os Estados Unidos da América e a URSS e seus respectivos aliados, o Bloco Oriental e o Bloco Ocidental em uma disputa de qual sistema venceria a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

A URSS possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e controle social total. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendiam a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências também tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.

A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém, ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã e, atualmente, na Ucrânia.

Com o fim da Segunda Grande Guerra, a Europa, continente mais poderoso até então, teve grandes perdas, inclusive de seu status no mundo. Estados Unidos e União Soviética tornaram-se os novos centros de decisões político-econômicas. Entretanto, ambos queriam alcançar o poder máximo e rivalizavam em dois blocos.

Enquanto os EUA, assim como as potências europeias, queriam manter o capitalismo existente, a União Soviética pretendia expandir o socialismo pelo mundo. A essa disputa entre as duas novas potências denominou-se Guerra Fria.

Ao contrário da política nacionalista vista no período imperialista anterior à guerra, os países viam a necessidade de se unirem a fim de se recuperar. Os Estados Unidos, em uma tentativa de proteger o capitalismo que estava em crise, aprovou, em 1948, um plano de auxílio econômico aos países destruídos pela guerra, o chamado Plano Marshall.

O destino dos países do Eixo foi decidido em duas conferências, de Yalta e de Potsdam. A Alemanha foi dividida em quatro partes, pertencentes a EUA, URSS, França e Inglaterra. No entanto, cada potência queria aplicar seu sistema político à região dominada, o que levou à divisão do país em República Federal Alemã ou Alemanha Ocidental, sob domínio americano, e República Democrática Alemã ou Alemanha Oriental, sob domínio soviético.

Os países capitalistas da Europa, na busca por reestruturação econômica, formaram um bloco que pretendia abolir os impostos alfandegários entre os membros, que ficou conhecido como Mercado Comum Europeu (MCE). De forma semelhante, foi formado o COMECON, entre os aliados à URSS.

Assim como no fim da Primeira Guerra, os países devastados queriam prevenir a incidência de novos conflitos e para isso foi criada uma nova organização, a Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha como objetivo principal, manter a paz mundial.

Essa Guerra Fria não apresentou conflitos diretos entre Estados Unidos e União Soviética. Entretanto, os EUA, com a chamada doutrina Truman, enviavam suprimentos de guerra para combater o comunismo em alguns países e formaram a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). uma aliança militar entre os países capitalistas. A URSS, com o mesmo objetivo, criou o Pacto de Varsóvia. A rivalidade entre as duas potências causou uma grande corrida espacial e armamentista que, contraditoriamente, foi responsável por grandes avanços científicos e tecnológicos.

Paz Armada – Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista sem limites, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo e/ou aniquilamento mutuo. Desafortunadamente, o momento atual na Ucrânia requer mais conversações de entendimento. Quem vai parar o Vladimir Putin e sua gana de reviver o Império Russo?

 

(!) Historiador, Jornalista, Professor de História/Geografia/Sociologia/Filosofia

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