(*) Por TJGuimarães
Esquerda pra lá, Direita pra cá e, no fim, ninguém mais sabe pra que lado fica. Será que todo mundo fica no centro ou em qualquer lugar da sua conveniente?
Bem, as principais diferenças entre estas duas ideologias se resumem, grosso modo, em torno dos direitos das pessoas e o papel do governo.
Em linhas gerais, pode-se dizer que a esquerda tem princípios mais progressistas e a direita, princípios mais conservadores. Claro que, após a Revolução Francesa, os matizes ideológicos mudaram de sobremaneira. Então o mundo político deixou de ser binário já faz um “tempinho”.
O início de tudo – As etiquetas “Esquerda” e “Direita” se originaram no século XVIII durante a Revolução Francesa (1789 – 1799) e são baseados nos arranjos de assentos na Assembleia Nacional Francesa.
Aqueles que se sentaram à Esquerda do presidente parlamentar apoiaram a revolução, se opondo à monarquia. Eles eram favoráveis à uma mudança radical e que iria levar ao fim da monarquia e dar mais poder ao povo. Por isso, essa ideologia é também relacionada com a luta dos trabalhadores.
Aqueles que se sentaram à Direita apoiaram o antigo regime monarquista. Quanto mais forte a sua oposição à mudança e seu desejo de preservar a sociedade tradicional, o status quo, mais à direita eles estariam.
Diferenças básicas entre estes dois extremos ideológicos – As principais diferenças entre eles se baseiam no que cada uma dessas ideologias pretensamente defende:
A Esquerda defende os direitos dos trabalhadores e das minorias, o bem estar coletivo, a igualdade entre as pessoas e uma presença marcante e dominante da Máquina Estatal sobre a vida de todos em tempo, hora e lugar. Suas ideias são inspiradas no socialismo e no comunismo.
A Direita, por sua vez, acredita que a sociedade progride quando os direitos, o bem-estar individuais, sendo que as liberdades civis têm prioridade, e o poder do governo é limitado ao mínimo possível. A tradição, a religião institucional e uma economia de mercado foram considerados valores fundamentais. Seu embasamento teórico vem do liberalismo.
Para muitos especialistas no assunto, os conceitos de direita e esquerda já são considerados muito limitados para definirem a diversidade política de hoje, pois já não são conceitos únicos e absolutos.
Portanto, com o passar dos tempos, essa divisão binária foi ficando mais complexa, pois novas demandas e interesses foram surgindo. Assim, os conceitos: Direita e Esquerda já não eram suficientes para definir os ideários políticos dos partidos.
Sendo assim, foi necessária a criação de outras divisões para explicar e justificar os diferentes partidos e suas bandeiras. As mais utilizadas são: extrema esquerda, esquerda, centro-esquerda, centro, centro-direita, direita e extrema direita.
Os grupos com ideias mais radicais e extremistas ficam nas pontas, enquanto no centro ficam os partidos que atuam de forma mais moderada, porém com um ideário mais progressista, tentando assim agradar e conquistar um leque maior de eleitores. Seria: “Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar” como equilíbrio?
Além dessa divisão, alguns grupos que costumam ser considerados de Esquerda são normalmente: progressistas, ambientalistas, social-democratas, sociais-liberais, libertários-socialistas, comunistas e anarquistas.
Por sua vez, na Direita pode-se encontrar os capitalistas, neoliberais, conservadores, econômico-libertários, anarcocapitalistas (eliminação do Estado do controle da economia), neoconservadores e nacionalistas.
E não podemos nos esquecer que nos dias de hoje, conforme a conveniência de cada um, pode-se e muda-se de legenda / partido como se muda de camisa. Os fatos corroboram essa afirmação!
(*)) Historiador, Jornalista, Professor de História/Geografia/Sociologia