Aos 120 anos de idade, a ferrovia que liga Minas Gerais ao Espírito Santo movimenta cerca de 30% de toda a carga ferroviária do Brasil, por ano. A Vale, que administra essa linha férrea, calculou, em 2023, 105,3 milhões de toneladas transportadas pelos trilhos.
Só de minério de ferro foram 85,1 milhões de toneladas. Outros 20,2 milhões de toneladas foram de outras cargas. Apesar de a rodovia passar por diversas cidades entre Belo Horizonte e a parada final, em Pedro Nolasco (ES), o destino final da maior parte dos produtos é o Porto de Tubarão, em Vitória, também administrado pela Vale.
Local onde os trens passam por manutenção, em Vitória (ES)
Modais complementares
Mas se engana quem pensa que a ferrovia basta para escoar, sozinha, o minério. “A estrada é fundamental, porque ela faz a conexão de onde nós produzimos o minério, que são as minas, ao porto de Tubarão, que é onde fazemos o escoamento para os diversos clientes ao redor do mundo”, disse o diretor da Estrada de Ferro Vitória a Minas, Gildiney Sales.
Entre os outros produtos que são transportados pela linha, Gildiney destaca alguns: “ela transporta carvão, celulose, combustível, entre outros”, acrescentou.
Ou seja, a linha do trem é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento econômico da região. “Muitas cidades ao longo da ferrovia nasceram devido a ela. Então, isso é um fator importante, que mostra o quanto a ferrovia contribui para o desenvolvimento local e regional dos dois estados”, acrescentou.
Colatina (ES), Aimorés (MG), Resplendor (MG), Governador Valadares (MG) e Coronel Fabriciano (MG), por exemplo, nasceram assim. “A ferrovia tem um importante papel na vida de trabalhadores e moradores de municípios por onde passa. Nos últimos 10 anos, cerca de 8 milhões de pessoas utilizaram o trem de passageiros”, afirmou Gildiney.
Linha férrea completa 120 anos
Fonte: Itaitiaia