A interdição das pilhas da Vale, na Mina de Fábrica Nova, foi determinada pela ANM nessa segunda-feira (13 de novembro)
A mineradora Vale tem até as 18h desta terça-feira (14 de novembro) para entregar para a Agência Nacional de Mineração (ANM) um documento que contenha a mancha de inundação atualizada caso três pilhas de estéril da empresa desabem e atinjam um dique de água e sedimentos, ameaçando o distrito de Santa Rita Durão, em Mariana, na região Central de Minas Gerais. A informação foi confirmada por fontes ligadas ao processo. A interdição das pilhas da Vale, na Mina de Fábrica Nova, foi determinada pela ANM nessa segunda-feira (13 de novembro), que alegou ausência de comprovação de estabilidade das estruturas.
A atualização da mancha de inundação é importante porque a que consta no documento atual não levaria em conta justamente as pilhas de estéreis interditadas. A mancha aponta os locais que seriam atingidos caso as estruturas entrassem em colapso. Com isso, é possível preparar os moradores com mais precisão, assim como as rotas de fuga.
Apesar da interdição das pilhas, na manhã desta terça-feira (14 de dezembro), o prefeito de Mariana, Celso Cota Neto (MDB), afirmou que a segurança dos moradores da cidade está garantida. “A barragem está longe do nível 2 de emergência. Podemos afirmar que a segurança é total, em relação ao dique e à pilha de rejeito”, disse.
Já o subsecretário de Defesa Civil de Mariana, Welbert Stopa, explicou que a legislação atual não obriga as empresas a fazer Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), que inclui a mancha de inundação, para as chamadas pilhas de estéril.
A mineradora Vale foi procurada para falar sobre a atualização do documento, mas não enviou posicionamento até a publicação desta matéria.
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Fonte O TEMPO