Através de release distribuído à Imprensa, a Prefeitura de São Gonçalo até tentou justificar os gastos que terá ao longo desse ano com comidas e bebidas que serão, lógico, pagas com o dinheiro público. Nada demais, se os recursos fossem gastos com servidores e cidadãos e cidadãs que realmente necessitem de tal benefício. Mas, não: muito “disso” será gasto para o próprio deleite e prazer de quem menos precisa desse tipo de atitude.
O cardápio com tornedor de filé mignon, rondelli de bacalhau, filé ao molho madeira, salmão em crosta, capelasse ao bechamel etc. certamente não vai existir para servir aos funcionários mais simples nem à população mais carente do município. Certamente, esse cardápio passará longe dos moradores de comunidades como Recreio, Vargem Alegre, Pacas, São José, Fernandes e outros. Isso, certamente, vai parar nas mesas dos “chefes mandatários” e “ilustres visitantes”, tendo à frente o prefeito Nozinho.
É bem verdade que São Gonçalo é um dos municípios que mais arrecadam na região; mas, nem por isso deve-se “desperdiçar” os recursos públicos. Isso mostra o retrato da falta de respeito para com a coisa pública, recursos que poderiam ser investidos de outra forma, em favor de pessoas mais carentes do município (que não são poucas, proporcionalmente).
Em plena Campanha da Fraternidade, quando o apelo da Igreja se volta para a partilha e para o bem-comum, o prefeito são-gonçalense dá essa “bola fora”. Por questão de solidariedade e reflexão da consciência, ainda dá tempo de o prefeito voltar atrás e cancelar o ato que em nada contribui para a humanização e desenvolvimento do município. Mas, talvez, isso seja pouco provável.